quarta-feira, 10 de novembro de 2010

União internacional de telecomunicações reconhece todas as normas para TV digital brasileira

Conjunto de oito Recomendações aprovadas apóiam a promoção do ISDB internacionalmente.
Na reunião encerrada em 29 de outubro de 2010, foram aprovadas pela UIT (União Internacional de Telecomunicações – organismo vinculado à ONU para as tecnologias de comunicação de informação) a revisão da Recomendação ITU-R BT. 1722, que diz respeito à harmonização de formatos para aplicações de TV interativa, e uma nova Recomendação sobre arquitetura de middleware para TV digital (ainda sem número). Com a decisão, todas as normas padronziadas para a TV digital brasileira passam a ser reconhecidas pelo organismo.
As aprovações finalizam um processo que se estendeu por pouco mais de dois anos e que além do Módulo Técnico do Fórum SBTVD também contou com a participação ativa de representantes da Anatel e da ABNT.
Ana Eliza Faria e Silva, membro do Fórum e coordenadora do módulo técnico da entidade, destacou a importância das recentes aprovações que incluem o middleware brasileiro entre as alternativas tecnológicas para TV Digital e equiparam o JavaDTV ao GEM (Globally Executable MHP).
Segundo ela, o processo só foi concluído devido aos esforços dos diversos organismos brasileiros envolvidos na questão, uma vez que até o início da transmissão digital no País, nenhuma entidade de padronização brasileira havia sido qualificada para a citação e referência em recomendações da UIT. “Este êxito é conseqüência de um longo trabalho levado a cabo pelo
Fórum SBTVD, ABNT e Anatel, e mais um passo dado para a consolidação internacional do padrão ISDB”, analisou.
Para Frederico Nogueira, presidente do Fórum, a aprovação de ambas as recomendações junto às anteriores inserem o País num novo cenário, em que deixa de ser apenas consumidor para assumir a posição de produtor. “Hoje nós somos oficialmente produtores de tecnologia, fato que beneficiará a indústria brasileira e as instituições de ensino ligadas ao setor, bem como a sociedade num todo”, concluiu.

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